Qual o impacto do envelhecimento sobre nosso potencial criativo? Esta é uma questão que tem sido objeto de investigações por vários cientistas. No livro Psicologia da Criatividade (Artmed Editora), Todd Lubart, da Universidade René Descartes, apresenta algumas interessantes conclusões de investigações feitas sob diferentes perspectivas. Lubart conclui que a performance criativa durante a vida adulta apresenta mudanças importantes em termos de quantidade, qualidade e de forma de expressão. Conclui também que o desempenho criativo na fase adulta varia significativamente entre os diversos campos de expressão e de indivíduo para indivíduo num mesmo campo.
Mudanças na quantidade das produções criativas
De um modo geral, a produtividade das pessoas criativas tem o seu auge em redor dos 40 anos, quando começa a declinar. A lentidão no tratamento das informações parece ser uma das principais razões da queda. No entanto, este ponto de pico depende muito do campo de expressão. Em certas áreas, como a pesquisa em matemática, o auge criativo ocorre por volta dos 30 anos e decresce rapidamente. Em outras áreas, como história e filosofia, o ápice ocorre por volta dos 50 anos e a queda é mais tênue. Individualmente, há grandes variações, com algumas pessoas se mantendo bastantes produtivas após os 50 ou 60 anos. Podemos citar Leonardo da Vinci, Léon Tostoi e Louis Pasteur entre muitos.
De um modo geral, a produtividade das pessoas criativas tem o seu auge em redor dos 40 anos, quando começa a declinar. A lentidão no tratamento das informações parece ser uma das principais razões da queda. No entanto, este ponto de pico depende muito do campo de expressão. Em certas áreas, como a pesquisa em matemática, o auge criativo ocorre por volta dos 30 anos e decresce rapidamente. Em outras áreas, como história e filosofia, o ápice ocorre por volta dos 50 anos e a queda é mais tênue. Individualmente, há grandes variações, com algumas pessoas se mantendo bastantes produtivas após os 50 ou 60 anos. Podemos citar Leonardo da Vinci, Léon Tostoi e Louis Pasteur entre muitos.
Mudanças na qualidade das produções criativas
As pesquisas sobre a qualidade da produção criativa concluíram que sua evolução independe do campo de expressão. A qualidade está mais ligada à quantidade, isto é, quanto mais o criador produz, maior a probabilidade de ocorrência de obras qualitativamente significativas.
Do lado positivo, as pesquisas mostraram que processos como a definição do problema, a seleção de estratégias, a codificação, a comparação e a combinação seletiva e a dialética se tornam mais eficazes com a idade.
As pesquisas sobre a qualidade da produção criativa concluíram que sua evolução independe do campo de expressão. A qualidade está mais ligada à quantidade, isto é, quanto mais o criador produz, maior a probabilidade de ocorrência de obras qualitativamente significativas.
Do lado positivo, as pesquisas mostraram que processos como a definição do problema, a seleção de estratégias, a codificação, a comparação e a combinação seletiva e a dialética se tornam mais eficazes com a idade.
Mudanças na forma das produções criativas
A análise das produções criativas sugere uma variação de forma e substância conforme a idade. Nos primeiros anos de vida adulta, a criatividade seria mais intensa e objetiva, marcada pela espontaneidade e questionamentos. Acima dos 40 anos, seria mais elaborada, subjetiva e reflexiva, marcada pela procura de sintetização dos valores tradicionais. Observa-se, no entanto, grandes diferenças individuais no estilo criativo da terceira idade, marcado por uma procura de harmonia e de integração de ideias e valores.
A análise das produções criativas sugere uma variação de forma e substância conforme a idade. Nos primeiros anos de vida adulta, a criatividade seria mais intensa e objetiva, marcada pela espontaneidade e questionamentos. Acima dos 40 anos, seria mais elaborada, subjetiva e reflexiva, marcada pela procura de sintetização dos valores tradicionais. Observa-se, no entanto, grandes diferenças individuais no estilo criativo da terceira idade, marcado por uma procura de harmonia e de integração de ideias e valores.
Como explicar as variações da criatividade do adulto?
Embora a condição geral de saúde possa explicar algumas variações individuais, as diferenças na quantidade e na qualidade criativa da terceira idade podem também ser explicadas por diversos fatores cognitivos, comportamentais e ambientais.
Os conhecimentos têm um lugar central nas atividades criativas. Em geral, ter mais idade significa ter mais amplos conhecimentos e experiência. Uma base de conhecimentos mais ampla pode ajudar a compensar o declínio na velocidade de tratamento das informações. Assim, aqueles que marcaram suas vidas por um aprendizado permanente e se mantiveram atualizados no seu campo de expressão têm mais condições de se manterem criativos e produtivos. Por outro lado, a especialização excessiva tende a criar fortes bloqueios mentais e a defesa intrangisente de realizações passadas.
Os traços de personalidade, como a tolerância à ambiguidade, a perseverança, o conformismo e a tendência a assumir riscos desempenham um papel importante na qualidade e produtividade em todas as faixas etárias. Na velhice, as pessoas tendem a ser menos tolerantes, a perderem a vigor e a combatividade e de se tornarem mais conformistas e prudentes. No entanto, algumas pessoas idosas conseguem controlar e neutralizar estas tendências e se manterem muito criativas. Neste processo, pesa muito o apoio de amigos, de familiares e da sociedade. Outro fator importante é a situação financeira do idoso, pois as preocupações com a subsistência minam as atividades intelectuais.
Podemos concluir que há um natural declínio da capacidade criativa, mas não somente por razões ligadas a saúde. Há importantes fatores cognitivos, comportamentais e ambientais que podem ser administrados e neutralizados. O primeiro passo é o autoconhecimento e uma ação firme e disciplinada para combater as tendências à rigidez mental. O segundo é o reconhecimento de que na idade madura a criatividade toma contornos e formas diferentes da criatividade na juventude. Finalmente, não esquecer que, como qualquer outra parte de nosso corpo, se não for usado, o cérebro perde seu vigor e enrijece. A criatividade declina quando deixa de ser cultivada.
Postado por: Alysson Brenner.
Fonte: Criatividade Aplicada / http://criatividadeaplicada.com/2008/01/31/criatividade-na-terceira-idade/.
Embora a condição geral de saúde possa explicar algumas variações individuais, as diferenças na quantidade e na qualidade criativa da terceira idade podem também ser explicadas por diversos fatores cognitivos, comportamentais e ambientais.
Os conhecimentos têm um lugar central nas atividades criativas. Em geral, ter mais idade significa ter mais amplos conhecimentos e experiência. Uma base de conhecimentos mais ampla pode ajudar a compensar o declínio na velocidade de tratamento das informações. Assim, aqueles que marcaram suas vidas por um aprendizado permanente e se mantiveram atualizados no seu campo de expressão têm mais condições de se manterem criativos e produtivos. Por outro lado, a especialização excessiva tende a criar fortes bloqueios mentais e a defesa intrangisente de realizações passadas.
Os traços de personalidade, como a tolerância à ambiguidade, a perseverança, o conformismo e a tendência a assumir riscos desempenham um papel importante na qualidade e produtividade em todas as faixas etárias. Na velhice, as pessoas tendem a ser menos tolerantes, a perderem a vigor e a combatividade e de se tornarem mais conformistas e prudentes. No entanto, algumas pessoas idosas conseguem controlar e neutralizar estas tendências e se manterem muito criativas. Neste processo, pesa muito o apoio de amigos, de familiares e da sociedade. Outro fator importante é a situação financeira do idoso, pois as preocupações com a subsistência minam as atividades intelectuais.
Podemos concluir que há um natural declínio da capacidade criativa, mas não somente por razões ligadas a saúde. Há importantes fatores cognitivos, comportamentais e ambientais que podem ser administrados e neutralizados. O primeiro passo é o autoconhecimento e uma ação firme e disciplinada para combater as tendências à rigidez mental. O segundo é o reconhecimento de que na idade madura a criatividade toma contornos e formas diferentes da criatividade na juventude. Finalmente, não esquecer que, como qualquer outra parte de nosso corpo, se não for usado, o cérebro perde seu vigor e enrijece. A criatividade declina quando deixa de ser cultivada.
Postado por: Alysson Brenner.
Fonte: Criatividade Aplicada / http://criatividadeaplicada.com/2008/01/31/criatividade-na-terceira-idade/.
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